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Vitiligo: tipos, diagnóstico e tratamentos

O vitiligo é uma doença não contagiosa caracterizada pela perda da coloração da pele devido à diminuição ou ausência de melanócitos, células responsáveis pela formação de melanina, pigmento que dá coloração à pele. Com isso, formam-se manchas despigmentadas de vários formatos e tamanhos em algumas áreas do corpo. 

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o vitiligo afeta 0,5% da população brasileira, cerca de 1 milhão de pessoas, atingindo todas as raças, idades e sexos. As causas ainda são poucos conhecidas, mas diversos fatores podem estar envolvidos para o seu desenvolvimento, como alterações no sistema imunológico, exposição solar ou química, alterações ou traumas emocionais, além da hereditariedade, sendo que de 20 a 30% dos pacientes possuem histórico familiar do vitiligo. 

Tipos de vitiligo

Há uma variação no tamanho e nos locais das manchas características do vitiligo, que podem estar espalhadas pelo corpo ou isoladas, especialmente na face, joelhos, cotovelos, membros inferiores e superiores e também pode afetar apenas as mucosas. Por isso, a doença pode ser dividida em dois grandes grupos:

  • Vitiligo localizado: neste caso, aparece uma ou mais manchas em algumas partes do corpo, com uma evolução rápida de semanas a meses e, assim, se estabiliza. Pode ser classificado por 3 tipos: segmentar, focal e de mucosas. 

 

No tipo segmentar, as manchas aparecem no formato de faixas e unilaterais, de um lado só do corpo. Já o tipo focal, é o mais comum e atinge duas ou mais partes do corpo, como mãos, axilas, pálpebras e pés, sendo que esse tipo também pode se desenvolver de forma generalizada, porém, não é muito habitual. Por fim, o de mucosas aparece apenas nos lábios e na região genital. 

  • Vitiligo generalizado: nesse tipo, o vitiligo são manchas assimétricas, localizadas nos mesmos locais e de ambos os lados, sendo que a sua evolução pode ser rápida ou lenta, se estabilizando depois de um tempo. Pode ser classificado por 4 tipos: vulgar, misto, universal e acrofacial. 

 

O vulgar é o mais comum, em que as manchas características da doença surgem em várias áreas do corpo. O tipo universal é considerado o mais raro de todos e acomete mais de 70% do corpo. No caso do misto, é uma mistura dos dois tipos de vitiligo. Por fim, o acrofacial surge apenas no rosto, mãos e pés. 

Sintomas

A maioria dos pacientes com vitiligo não manifesta nenhum sintoma, apenas o surgimento de manchas esbranquiçadas, característica mais comum da doença. Algumas vezes, elas podem apresentar bordas mais pigmentadas do que a pele normal com a presença de pelos. Em casos raros, há relatos de sensibilidade ou dor na área afetada. 

O vitiligo não é contagioso e não provoca danos à saúde física. Porém, a maior preocupação são os sintomas emocionais causados pela doença. Como na maioria dos casos as manchas são aparentes, isso impacta significativamente na qualidade de vida e também na autoestima do paciente. Por isso, em alguns casos, é importante um acompanhamento psicológico para trabalhar melhor essas questões. 

Diagnóstico

O diagnóstico do vitiligo deve ser realizado através de exame clínico do paciente por um médico especialista, como o dermatologista. Isso fará com que ele determine também o tipo, verificando através de análises sanguíneas se há alguma doença autoimune que possa estar associada. A biópsia cutânea e o exame com lâmpada de Wood também são utilizados para detecção. 

Tratamento

Todo e qualquer tratamento deverá ser recomendado por um médico, sendo que não há cura no caso do vitiligo. Com o tratamento adequado é possível cessar o aumento das lesões, estabilizando o quadro e também repigmentando a pele no local atingido com a utilização de medicamentos à base de corticosteroides. 

Também existem os tratamentos com luz, mais conhecidos como fototerapia, a terapia à luz (usada em pequenas áreas), o enxerto ou transplantes de melanócitos, sendo uma opção para as pessoas que já possuem uma estabilidade de pelo menos dois anos com a doença. 

Porém o tratamento irá variar de acordo com o grau de intensidade e tipo da doença, sendo necessário o diagnóstico correto. 

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