O primeiro caso de COVID-19 foi descoberto no dia 31 de dezembro de 2019, na China. A doença é causada pelo vírus SARS-Cov-2, o agente mais novo pertencente à família do Coronavírus, e causa infecções respiratórias. Por ser muito recente, ainda não existe um tratamento ou vacina para a doença. O primeiro caso no Brasil foi confirmado em 26 de fevereiro de 2020.
A transmissão do COVID-19 acontece através de gotículas respiratórias (saliva, espirro, tosse, catarro) ou contato pessoal próximo (toque, aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas seguido de contato com boca, nariz ou olhos). Os principais sintomas do novo Coronavírus são: febre (acima de 37,8ªC), tosse e dificuldade para respirar (desconforto respiratório que pode evoluir para insuficiência respiratória), mal-estar geral, dor de garganta e dores nas articulações. Os sinais da doença podem levar de 2 a 14 dias para aparecer.
O diagnóstico da doença é feito após uma avaliação médica e, caso os sintomas estejam se agravando, é realizado o exame. É realizada a coleta por swab (por cotonete) de materiais respiratórios (vias aéreas e indução de catarro) que posteriormente são enviados para análise.
No momento, a principal orientação para evitar que o vírus se alastre é o isolamento. “Em caso de sintomas leves, a recomendação é permanecer em casa, já que o risco de transmissão é muito grande. [No hospital], um paciente com gripe causada por outro vírus pode acabar contaminado pelo COVID-19, por exemplo”, explica a Drª Laura Gusman, médica do Clude. Caso os sintomas sejam graves, procure orientação médica.
Como prevenir a transmissão?
- Evitar aglomerações e locais públicos;
- Lavar as mãos com água e sabão por 20 segundos e usar álcool em gel;
- Tossir e espirrar na dobra do cotovelo e, no caso de uso de lenços de papel, descartar e lavar as mãos em seguida;
- Manter os ambientes bem ventilados;
- Não compartilhar objetos pessoais;
- Evitar contatos físicos.
Como já citado, ainda não existe tratamento para o COVID-19. Até o presente momento, recomenda-se repouso, consumo de muita água e medidas para aliviar os sintomas da doença, como remédios para dor e febre. Vale lembrar: consulte sempre um médico antes de ingerir medicamentos.
Com quem confirmar os sintomas?
Por conta do alto risco de transmissão, vá ao hospital/médico apenas em casos graves. Caso queira tirar dúvidas e confirmar sintomas, utilize serviços de orientação à distância, como tele medicina e vídeo orientação com médicos. Essa prática não substitui uma consulta, mas pode ser eficaz para evitar o contágio da doença em casos em que apenas o repouso já é eficiente.
Achatamento da curva
Como muitas pessoas adquirem a doença e acabam não apresentando sintomas, o isolamento é especialmente importante. Um indivíduo com o vírus, mas sem os sintomas, pode transmitir a doença para outra pessoa com predisposição a apresentar sintomas graves.
“Quando a curva de contaminação está apiculada, o sistema de saúde não consegue atender adequadamente à demanda. Com o isolamento social, a velocidade de contaminação diminui e as pessoas conseguem se tratar”, explica Alex Antoniazzi, enfermeiro do Clude.
Em casos leves, recomenda-se acompanhamento médico e medidas de precaução domiciliar. Caso os sintomas sejam mais sérios e persistentes, é preciso que o paciente seja encaminhado para um hospital para medidas de isolamento e tratamento.
O Ministério da Saúde fez o mapeamento de fake news que estão sendo divulgadas sobre o Coronavírus disponível aqui.
Os dados são do Ministério da Saúde, da Organização Mundial da Saúde, da Drª Laura Gusman e do enfermeiro Alex Antoniazzi.