Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 90% da população mundial sofre de estresse. De acordo com a organização, o Brasil está entre os países com o maior número de pessoas afetadas. Além disso, aponta que o estresse não se caracteriza como doença; entretanto, atua no desenvolvimento de problemas de saúde física e mental. Dessa forma, o estresse pode ser um fator desencadeante ou agravante para muitas doenças e condições patológicas.
Os efeitos do estresse na saúde física e suas manifestações
Todo estímulo físico ou psicológico (estressor) que descontinue o equilíbrio do organismo, converte-se em uma resposta ao estresse, provocando alterações fisiológicas e comportamentais. Essas alterações englobam insônia, dor de cabeça frequente, irritabilidade, dificuldades de concentração e tensão muscular. Além disso, é possível observar o agravamento de doenças preexistentes e do abuso de álcool, tabaco, entre outras substâncias.
Estresse crônico: um inimigo do sistema imunológico
A exposição a estressores crônicos, ou seja, de longa duração, afeta negativamente o sistema imunológico, responsável pela função de defesa do corpo. Assim, torna-se mais suscetível a muitas doenças. Por exemplo, infecções e doenças autoimunes (quando o próprio sistema de defesa ataca o organismo), como lúpus, vitiligo, psoríase, entre outras, e até mesmo tumores. Além disso, a nossa pele também é bastante atingida pelo estresse, contribuindo para o surgimento de alergias, dermatites e acne.
Outro sistema abalado por esse mecanismo é o cardiovascular, já que na presença de estresse há um aumento da pressão sanguínea e do batimento cardíaco. Quando crônico, esse processo pode ocasionar doenças cardiovasculares, como AVC (Acidente Vascular Cerebral), infarto, hipertensão arterial e arritmias.
Veja mais: Quais as doenças causadas pelo estresse?
Estresse crônico: um inimigo do sistema imunológico
Ademais, o indivíduo exposto a estressores crônicos pode desenvolver problemas gastrointestinais, transtornos alimentares e alterações hormonais, que podem levar a hiperglicemia (aumento da glicose no sangue). Também pode ocorrer envelhecimento precoce, alterações de peso, além de comprometimento cognitivo e transtornos mentais, tais como ansiedade e depressão.
É fundamental aprender a controlar o estresse. Para isso, é possível adotar algumas práticas no dia a dia que favorecem muito nesse processo. Por exemplo, a construção de uma rotina diária, capaz de gerenciar nosso tempo de maneira efetiva. Nessa rotina, é necessária a manutenção de um sono de qualidade, a prática de exercícios físicos e a adoção de alimentação saudável, em conjunto com alta ingestão de água. Além disso, se for possível, é interessante limitar o tempo em que realiza atividades que podem causar estresse. Também é importante identificar fatores estressantes, para que possam ser evitados. Utilizar técnicas de respiração e relaxamento também é um recurso que pode trazer muitos benefícios.
A importância de buscar ajuda profissional no enfrentamento do estresse
Importante lembrar que, em alguns casos, faz-se necessário buscar ajuda médica e psicológica. Nesse sentido, é fundamental destacar que a automedicação deve ser evitada. É importante contar com profissionais especializados que possam fornecer um suporte adequado e personalizado para lidar com o estresse e seus efeitos.
Em suma, é indiscutível a influência do estresse na saúde física e mental. Portanto, devemos estar conscientes dos impactos negativos que ele pode causar e buscar maneiras efetivas de gerenciá-lo. Ao adotarmos práticas saudáveis no dia a dia e buscar o apoio necessário, estaremos cuidando de nossa saúde de forma integral.
Promovendo um ambiente de trabalho saudável e livre de estresse
Aproveite esse conhecimento para implementar medidas preventivas e promover um ambiente de trabalho saudável e equilibrado. Lembre-se de que cada um de nós desempenha um papel fundamental na construção de um ambiente mais positivo e livre de estresse.
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REFERÊNCIAS:
OMS (Organização Mundial da Saúde)
ISMA (Associação Internacional do Controle do Estresse)
Yaribeygi H, Panahi Y, Sahraei H, Johnston TP, Sahebkar A. The impact of stress on body function: A review. EXCLI J. 2017 Jul 21;16:1057-1072. doi: 10.17179/excli2017-480. PMID: 28900385; PMCID: PMC5579396.
Chu B, Marwaha K, Sanvictores T, et al. Physiology, Stress Reaction. [Atualizado em 2022 Set 12]. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2023 Jan-. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK541120/