O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é um transtorno do neurodesenvolvimento que gera danos de desatenção, desorganização e/ou hiperatividade e impulsividade, conforme definido através da 5ª edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5).
O impacto deste transtorno gera prejuízos no funcionamento e/ou desenvolvimento em nível pessoal, social, acadêmico ou profissional.
Avaliando os sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade podemos identificar 3 aspectos.
Ou seja, quem tem TDAH pode apresentar, portanto, o tipo predominante desatento, ou combinado (desatento e hiperativo-impulsivo) ou ainda ser predominantemente hiperativo-impulsivo.
Diagnóstico e profissionais envolvidos
Primeiramente, o diagnóstico de TDAH é realizado por psicólogos, psiquiatras e neuropsicólogos.
Todavia, a desatenção se apresenta como uma inabilidade de manter-se focado em uma atividade, ausência de persistência, divagações, desorganização, dificuldades em atividades que demandem esforço mental prolongado.
A hiperatividade refere-se a uma grande movimentação motora em momentos não adequados para tal, pode se manifestar como uma inquietação excessiva que causa um desgaste nas pessoas do seu convívio porque é demasiadamente ativa.
Portanto, a impulsividade se revela em atitudes realizadas sem pensar nas consequências antes, que gera grandes prejuízos a pessoa.
Como caminho de cuidado encontramos abordagens cognitivas-comportamentais para identificação, acompanhamento e tratamento, como a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) que possui foco na solução de problemas, mudança de comportamentos e pensamentos que apresentam falhas em seus processos e estão, portanto, disfuncionais.
Abordagens cognitivas-comportamentais no tratamento
Primeiramente, compreendida como uma abordagem estruturada, diretiva e colaborativa, com postura educacional, direcionada para o aqui e agora, com eficácia comprovada cientificamente.
Porém, essa abordagem tem sido amplamente utilizada no tratamento do TDAH e têm se mostrado eficaz em ajudar as pessoas a lidarem com os sintomas e desafios associados.
Nesse contexto, a Terapia Cognitivo Comportamental pode proporcionar efeitos positivos no tratamento do transtorno, especialmente se combinada com uso de medicamentos indicados, se necessário.
Abordagens cognitivas-comportamentais no tratamento
Dentre as técnicas tem-se o treinamento de solução de problemas, repetição e verbalização de instruções, atividades interpessoais orientadas, treinamento de habilidades sociais, e técnicas de manejo de contingências de reforço.
Tais técnicas ajudam na:
- contenção de agressividade;
- articulação do comportamento social;
- domínio da impulsividade;
- controle da atenção;
- bem como, em casos de comorbidades como: depressão e ansiedade.
Importância do acompanhamento profissional
Contudo, é importante compreender que cada pessoa com TDAH é única e as abordagens de tratamento devem ser adaptadas às necessidades individuais. A abordagem cognitivo-comportamental pode ser fornecida individualmente ou em terapia em grupo.
De qualquer forma, o acompanhamento de um profissional de saúde mental é fundamental para orientação, acompanhamento e estratégias específicas para ajudar a gerenciar melhor as dificuldades associadas ao TDAH.
Referências Bibliográficas
Vilarim, Elizabeth Colaço, Sandra Ferreira Santana, and Camila Kendy Coelho. ” Psicoterapia cognitivo-comportamental e o tratamento de pessoas com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).” Revista Saberes FAP Pimenta 1.1 (2023).
de Souza, Vanessa Silva, and Diego da Silva. “Técnicas Utilizadas Para O Tratamento Do Transtorno De Déficit De Atenção E/Ou Hiperatividade (Tdah) Na Terapia Cognitivo-Comportamental (Tcc).” (2018)
FAVA, DÉBORA C., et al. “Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade.” Casos Clínicos em Saúde Mental: Diagnóstico e Indicação de Tratamentos Baseados em Evidências