Cefaleia é o termo técnico para o que comumente chamamos de “dor de cabeça” e é uma condição muito comum, afetando a qualidade de vida das pessoas de diversas formas. A cefaleia pode se manifestar como uma dor de cabeça básica ou estar acompanhada de náusea, vômito, sensibilidade à luz e cheiros, por exemplo.
A dor de cabeça também pode aparecer como sintoma secundário de algumas doenças, podendo ser considerada como um sinal de alerta de que algo não está funcionando adequadamente no organismo e que precisa de avaliação através de uma consulta médica.
As cefaleias são classificadas de acordo com suas características apresentadas. As primárias são as mais comuns, principalmente a cefaleia tensional, responsável pela maioria dos casos, seguida pelas cefaleias do tipo migrânea.
Quais são os tipos de cefaleia?
Os diversos tipos de dor de cabeça podem ser classificados de acordo com a origem da dor, característica e localização do sintoma apresentado pela pessoa. As cefaleias primárias podem ser conceituadas como crônicas de apresentação episódica ou contínua, quando não há outra condição clínica associada à dor. Já as secundárias podem ser atribuídas como consequência de outra condição clínica, como sintoma de um episódio gripal.
Veja a seguir alguns tipos de cefaleias primárias mais comuns:
– Cefaleia tensional: também chamada de cefaleia de tensão, essa dor de cabeça manifesta-se geralmente ao final do dia e resulta de um processo de estresse ou tensão muito grande. Quando estamos muito nervosos, tensionamos de forma excessiva os músculos do pescoço, da nuca, da testa ou da musculatura ao redor do crânio, resultando em uma dor de cabeça que pode ter intensidade que vai de leve a moderada.
Geralmente, esse tipo de dor de cabeça faz com que a cabeça inteira doa, mas não chega a impedir a continuidade das atividades diárias.
– Cefaleia em salvas: costuma atingir somente um lado da cabeça e se manifesta através de ondas pulsantes, ao invés de ser frequente na vida da pessoa. Essas ondas surgem e desaparecem de repente e podem envolver até mesmo os olhos, causando uma queda da pálpebra ou até mesmo um olho lacrimejante.
– Migrânea: de maneira geral, é caracterizada por crises recorrentes com duração variável de 4 a 72 horas quando não tratada. É uma dor de caráter pulsátil, latejante ou em pontadas geralmente incapacitantes e ao menos de intensidade moderada, podendo estar associada a náuseas ou até mesmo vômitos.
Pode ser dividida em clássica (com aura) ou comum (sem aura), as pessoas afetadas apresentam dores com características típicas, sendo assintomáticas fora das crises. A aura tem duração de 5 a 60 minutos e pode se manifestar de maneiras diferentes, a mais comum é a manifestação luminosa visual, que ocorre na parte de trás dos olhos.
Algumas causas relacionadas à cefaleia secundária:
- Meningite;
- Gripe comum;
- Covid-19;
- AVC isquêmico;
- Hidrocefalia;
- Doença tireoidiana;
- Intoxicação por monóxido de carbono.
Sinais e sintomas de alerta
Algumas manifestações da cefaleia podem sinalizar situações em que condições clínicas secundárias de maior gravidade estão presentes, o que exige encaminhamento para um serviço de pronto atendimento ou realização de exame de imagem quando indicado.
É importante procurar ajuda imediatamente caso apresente febre acima de 38ºC; confusão mental; sonolência; convulsões; dificuldade para falar, ver, ouvir ou andar; dormência, fraqueza ou paralisia em um lado do corpo; náuseas e vômitos recorrentes e sem melhora.
Além disso, deve-se consultar um especialista se a pessoa apresentar cefaleia frequentemente ou piora dos sintomas mesmo com tratamento, para que seja feita uma avaliação e tratamento mais adequado.